Mancha no São Francisco
volta a se acentuar; quatro cidades estão sem água
Mancha
que cobre parte do rio São Francisco
A mancha escura que estava
se dissipando no rio São Francisco, entre Alagoas eSergipe, causada por
microalgas, voltou a ficar acentuada, segundo informações da CBHSF (Comitê da
Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco) divulgadas nesta terça-feira (12). O
retorno da área escura foi observado na segunda-feira (11), dois dias depois
que a operação de aumento de vazão do rio ser suspensa.
A
mancha no São Francisco foi detectada no dia 10 de abril, depois que moradores
observaram que a água estava com cheiro forte e cor diferente que a habitual.
Com autorização da ANA (Agência Nacional de Águas), técnicos aumentaram a vazão
do rio de 1.000 m³/s para é de 1.500 m³/s para tentar diminuir o problema. A
operação durou nove dias e foi iniciada no último dia 30. Mas, depois que a
coloração escura diminuiu, a vazão voltou ao normal, no último sábado (9).
O
reaparecimento da mancha fez a Casal (Companhia de Saneamento de Alagoas)
suspender a captação de água bruta na estação do Salgado, localizada em Delmiro
Gouveia, sertão de Alagoas. O sistema coletivo de abastecimento do Sertão está
parado desde esta segunda-feira.
As
cidades de Água Branca, Inhapi, Mata Grande e Canapi tiveram abastecimento de
água suspenso. Já Delmiro Gouveia e Pariconha recebem água parcialmente.
Carros-pipa estão levando água para as seis cidades afetadas.
A
área escura mede 24km de extensão, 7 metros de profundidade e teria sido
causada, segundo o IMA (Instituto do Meio Ambiente de Alagoas), por liberação
de sedimentos de barragem da Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco)
acumulados em 30 anos.
O
lago Belvedere, barragem da Chesf, foi esvaziado no dia 22 de fevereiro para
manutenção. O reservatório fica no Complexo Apolônio Sales, que abastece a
usina hidrelétrica de Paulo Afonso (BA). Após análises, o IMA aplicou a multa
de R$ 650 mil à Chesf.
Nesta
terça-feira (12), técnicos da Casal, do IMA, Ibama e outros órgãos ambientais
realizaram coletas e análises de amostras no leito do rio para tentar descobrir
outra forma de minimizar o problema. Ainda não há prazo para os resultados das
análises.
Segundo
o secretário do comitê, Maciel Oliveira, um novo aumento da vazão deverá ser
estudado para que não haja desperdício de água devido à seca que o Nordeste
enfrenta. "Foram nove dias operando com a vazão aumentada de 1.000 m³/s
para 1.500 m³/s, mas as barragens de Sobradinho e de Itaparica estão com 21% e
16% das capacidades, respectivamente. Não podemos desperdiçar água sem que haja
um estudo para minimizar o problema, pois observamos que quando a água se
concentrou as algas retornaram", diz.
O
comitê disse que existe possibilidade de trazer profissionais da Nova Zelândia
ou do Canadá, especialistas em microalgas, para ajudar a resolver o
problema.

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